W. Omokunrin Oluko

W. Omokunrin Oluko acredita na literatura e na poesia como diálogos da consciência do escritor consigo mesmo e com a consciência do leitor, diálogos profícuos, que se ampliam e se modificam no espaço e no tempo para (re) significar a vida.

SOBRE O AUTOR

W. Omokunrin Oluko, 56, escreve desde que se conhece por gente. O ato de ler o fez escritor e poeta, como uma forma de aquietar as imagens que a literatura e a poesia faziam dançar em sua consciência. Sua pena, contudo, produziu outras coreografias, em textos que traduziam o seu amadurecimento intelectual e artístico ao longo da vida.

Seu trabalho como professor e posteriormente como educador social ligado ao incentivo à leitura – período que vai de meados dos anos 1990 a meados da segunda década do século XXI – lhe deu as primeiras oportunidades de escrita mais fortemente direcionada a um público leitor. É dessa época parte de sua produção poética e da escrita de contos infantis. Já a oportunidade para escrever e publicar um livro completo veio em 2017: imerso em um trabalho de educação social junto ao povo indígena Xetá, do Paraná, em colaboração com a pesquisadora Maria Angelita Djapoterama da Silva, o autor escreveu Ñanderetá, livro de contos inspirados na cultura, história e mitologia daquele povo. 

A experiência simples, comum a muitos escritores, de carregar consigo uma caderneta de anotações, contribuiu para evitar a dispersão de ideias e para captar, in loco, histórias e imagens inspiradoras. Esse cuidado permitiu a ele a consolidação de uma rotina de trabalho literário, que o transformou, de fato, em escritor. 

Seu primeiro romance, O fio da meada: o protocolo 428T, iniciado em uma experiência coletiva de escrita junto com amigos de trabalho – com os quais divide a autoria – foi concluído em pouco mais de um mês, depois de um interregno de quinze anos. Sua conclusão está ligada a um breve retorno do escritor ao cenário real do romance, a cidade de Porto Velho, capital de Rondônia – onde tinha vivido por doze anos – impressionante pela história de sua fundação, ligada à construção de uma ferrovia no meio da selva amazônica, no início do século XX.

Fluminense de Piraí, cidadezinha bela e aprazível do interior do Rio de Janeiro, o autor morou com os pais até os dezoito anos em outra cidade, Barra Mansa, localizada no vale do Rio Paraíba do Sul, e fez parte de seus estudos do então Segundo Grau em Volta Redonda, cidade da Companhia Siderúrgica Nacional e importante centro histórico do movimento operário no Brasil. As referências a esta região, sua paisagem e personagens típicos, aparecem com frequência em seus outros escritos, que ora aguardam publicação. 

Sua mãe, a dona Glorinha, grande contadora de histórias, e seu pai, o Tião da Light, operador (aposentado) de subestação elétrica, que traz na memória e no coração o orgulho da profissão, foram as pessoas que primeiro o introduziram na leitura e no gosto pelas boas histórias.

Lançamento: 2021

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