Filho e neto de indigenistas, Odenir Pinto de Oliveira viveu até a adolescência entre os povos indígenas Bakairi e Xavante, no Mato Grosso. Ainda muito jovem foi aprovado no primeiro concurso público para o cargo de indigenista da Fundação Nacional do Índio, onde se aposentou em 2007. Atuando como indigenista dentro e fora da FUNAI, atuou em todas as regiões do País,
especialmente nas atividades de demarcação e proteção de territórios indígenas. Aliado por toda a vida das populações indígenas, defendeu a preservação de seu meio ambiente. Mais recentemente atuou na defesa do patrimônio material e imaterial dos povos indígenas e concluiu seu curso de tecnólogo de meio ambiente.
Nas ocasiões em que exerceu a chefia de postos indígenas, entre outras tarefas, coordenou atividades produtivas, desde seu planejamento até o controle orçamentário e a execução financeira. Elaborou e executou semestralmente o atendimento de profissionais em saúde e educação às populações indígenas circunscritas ao Posto Indígena.
Quando exerceu funções de Superintendente, participou de operações conjuntas entre os diversos órgãos das diversas esferas governamentais, dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, tendo participado das equipes de coordenação dessas operações.
Em junho de 1983 foi exonerado por razões político/ideológicas da Fundação Nacional do Índio, tendo sido perseguido pela ditadura militar. Entre 1983 e 1985 foi responsável pela organização e coordenação do gabinete do deputado federal Mário Juruna. Entre 1986 e 1988 assessorou o Secretário de Meio Ambiente do governo do estado de Mato Grosso. Foi anistiado em 1993, tendo retornado para a FUNAI, onde se aposentou em 2007.
